A vida nos disfarça o seu horror
Com esse nosso dia-a-dia bonachão
Com o fito de esconder a sua feição
De traços magros, sinistros e sem cor.
Estás nos parecendo agourenta
Só com essa visão de nossos males
Que ninguém quer, ninguém agüenta!”
E chamou-me com um dedo descarnado,
Tão curiosa de saber a minha sina
Ouvi a sua voz de grave bardo:
“Tomarei só a ti, não tuas poesias...”
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